quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Ah o amor...

Já desisti de muitas coisas nessa vida, mas também já conquistei outras várias, mas meu caso mais fracassado ainda é o amor. O amor que eu idealizei que viveria, aquele que imaginei que daria certo e também aquele que fiquei esperando que acontecesse. O mundo parece um quebra-cabeças mas quanto mais distante você olhar para a figura, mais fácil fica de identificá-la, e foi nesse ponto em que fiquei. De onde dava pra ver tudo, entender tudo, não cheguei perto porque tive medo que minha visão ficasse distorcida, por isso sempre estive longe demais de onde deveria ter chegado bem perto.
Mas, afinal, o que isso quer dizer? Quer dizer que eu acredito que até hoje não encontrei esse tal amor que tantos falam que existe. Pode ser mesmo que exista, apenas ainda não esbarrei nele por aí, e tenho grandes chances de morrer sem esbarrar.
Oh! Que sofrência! Não, não é bem isso que quero dizer aqui. Quero simplesmente dizer que, na maioria das vezes, é mágico poder ser livre, não ter ninguém ao meu lado, fazer as coisas como eu acredito que elas devem ser feitas, porque tem dias que nem eu mesma me aguento, imagine se eu tivesse um parceiro?
Mas, algumas vezes, sim, faz falta ter alguém ao meu lado. Mas posso dizer que quando sinto essa carência, me lembro da dor de cabeça que é manter um relacionamento saudável, quantas coisas simples têm de ser explicadas minuciosamente para que não gere dupla interpretação. Isso é cansativo demais.
Viver como se quer viver ainda supera a vontade de encontrar alguém que te faça deixar de fazer as coisas que gostaria em prol dessa relação.
Não é que só existam déspotas, mas sempre temos que abrir mão de algo pela boa convivência.

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Também não estou aqui para defender a solteirice, estou apenas colocando o meu ponto de vista em prática.

Se você já encontrou esse amor, cuide bem dele. Mas cuidar como? Não se prendendo a coisas pequenas que acontecem, não cobrando demais, não inventando coisas na sua cabeça que nem existem ainda, apenas viva esse grande amor. E saiba que é um sortudo ou uma sortuda, apesar de eu não acreditar em sorte. Saiba que tem o potencial na mão para viver plenamente, ao lado de quem deseja, porque defeitos, erros, todos nós temos. Não falei em nenhum momento de príncipe encantado, mas de um amor de verdade.
Aceite que todos nós temos um passado e você não irá mudar isso. Simplesmente aceite e viva o seu presente.


A maioria de nós teve uma mãe que dizia: “valorize isso, muitas pessoas não tem” e é verdade, não são todos que encontram um grande amor e são capazes de vivê-lo.
Mas eu não posso dizer aqui que nunca amei. Amei sim e amo até hoje. O amor que se tem por um filho é impossível de descrever. É algo que te prende por dentro, que te esmaga quando você vê uma foto de três anos atrás e percebe como o tempo já passou e você nem viu. Como uma criança se desenvolve tão rápido e você fica preso em coisas pequenas.
Nesse momento, você percebe que não vale a pena passar a vida procurando por algo que você idealizou em sua mente. Você percebe que esse momento não chegou, nem vai chegar ou até que já passou e você não percebeu, porque estava preocupado com outras coisas.
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Esse momento é fácil de reconhecer na foto de outra pessoa, mas dificílimo de reconhecer na sua própria vida.