sexta-feira, 23 de abril de 2010

Para alguém especial







Queria conseguir me expressar melhor.
Mas não quero assustá-lo.
Quem sabe essa barreira em nossa comunicação nos permita sermos mais alegres e comunicativos, e não cairmos em nossas tristezas e mágoas.
Queria poder tê-lo ao meu lado, queria tocar você, queria deitar sua cabeça no meu colo, queria te dar conforto e carinho.
Queria que você fosse meu.
Queria poder lhe tirar do lugar onde nasceu e te mostrar uma nova vida.
Queria poder controlar os meus sentimentos, não sabia que isso ia acontecer assim, tão rápido.
Duvidei de sua idade, maturidade, sentimentos, argumentos, mas em pouco tempo pude perceber o quanto eu estava enganada. 
Queria poder fazer alguma coisa.
Queria me libertar das algemas, queria ir aonde meu pensamento e meu coração me levam.
Queria não sonhar tanto com um futuro que nem eu mesma sei se estarei lá para viver.
Mas o que eu sei, é que esse sentimento que cresce dentro de mim a cada dia, só me transforma numa mulher melhor.
Isso eu tenho que admitir, por mais que eu não possa tocá-lo, eu posso senti-lo e a sensação é ótima, me faz flutuar e querer ser melhor. 
Vou guardar você em um lugar seguro. 
E sempre que precisar, lembrarei que você está lá.
Porque sempre que você quiser, eu estarei aqui. 

sábado, 3 de abril de 2010

Vamos dançar?

Outro dia saí com meu irmão e tive uma experiência que me fez pensar sobre a vida e o amor.
Fui numa baladinha, chegamos cedo, não tinha muita gente. E eu tinha convidado o comandante para ir (ele disse que ia), mas, me enganei mais uma vez. 
De repente a casa começou a encher de pessoas de todos os tipos, e eu ainda olhava para ver se via o comandante aparecer de alguma fresta e nada. 
Numa determinada hora, deixei meu irmão e seu amigo na pista e saí para ir ao banheiro e depois ir fumar um cigarro na área externa. 
Chegando lá, encostei numa planta que tinha ali e fiquei na minha. Chegou um rapaz (parecendo ser mais novo do que eu) e perguntou se podia ficar comigo. Eu respondi que sim pois achei que ele estava falando de companhia para fumar. 
Acabei meu cigarro e ele acabou o dele. Entramos. Havia uma 'vaga' no sofá e eu já estava com os pés doendo de tanto dançar. Sentamos ali. Ele me perguntou se eu já tinha beijado (quase morri de rir nessa hora). Lembrei das festinhas e bailinhos que tinha na época do colégio. Mas, segurei o riso e respondi que não. 




Ai, ele começou a insistir a querer me beijar, e eu dizia: _Vamos dançar. E ele: _ Vamos dançar depois de beijar. E como eu sou uma pessoa muito difícil, beijei.
Olha, até que foi bom para quem não esperava nada demais naquela noite. Ele foi todo fofo, me apresentou a irmã dele e me perguntava a todo momento se estava sendo carinhoso comigo. Eu dizia que sim mesmo sem entender direito por que ele me perguntava. Afinal, ele não tinha que se preocupar com isso, seria apenas aquele momento e nada mais.
Mas esse negócio de 'ficar', me fez refletir e filosofar.
Eu beijei, fiquei com ele na festa, só sei seu primeiro nome e nunca mais o verei.
Não pensei nele no dia seguinte com vontade de vê-lo de novo, não me arrependi por não ter dado meu telefone quando ele pediu, não me senti mal por ter beijado uma pessoa que eu mal conhecia. Então, cheguei à conclusão de que amar é conviver. Você ama uma pessoa quando convive um tempo com ela, amar é recordar os momentos bons que passaram juntos. Sem isso, parece não existir o tal do amor, ele parece impossível. 
Lembrei do nascimento da minha filha e de como me senti quando olhei para ela a primeira vez. Não era amor, ainda. Eu senti um milagre acontecer quando um ser nasceu de dentro de mim, mas não era amor ainda. Eu sentia que tinha de protegê-la de qualquer ameaça, mas não era amor ainda.
Eu passei a amá-la da convivência, dos dias que passava a seu lado. Quanto mais coisas eu descobria sobre ela, mais o meu amor aumentava. E hoje, não me vejo viva se ela não estiver ao meu lado. Sinto que, se alguma coisa acontecesse a ela, eu não sobreviveria.
Mas saindo do caso 'mãe coruja' ... Então, se o amor, só existe da convivência, por quê amamos (ou achamos que amamos) pessoas com quem tivemos o mínimo contato?
Que tipo de amor é esse que a gente acha que sente quando vê alguém, quando esse alguém lhe diz coisas lindas, mas que a 'convivência' não passa de alguns poucos momentos juntos? Se não temos nada de concreto, de possível, ao lado dessa pessoa?
Será que é a carência que nos faz sentir assim?
Será que achamos que amamos e na verdade, esse sentimento não passa de uma grande carência?
Porque se for isso mesmo, todos meus problemas estão resolvidos!


Mas eu não deixo de amar, e não desisto do Amor.


Um brinde ao AMOR!!!!


E uma Ótima PÁSCOA a todos!