segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ai que saudades do meu pai


Como eu gostaria de ver o meu pai novamente!
Como ele iria me ajudar se ainda estivesse por aqui...Ele sabia tudo, o que dizer, como fazer, porque fazer...
Se ele ainda estivesse por aqui, quem sabe eu não estivesse onde estou, nem metade das coisas que aconteceram teriam acontecido com ele aqui, mas que falta ele me faz!
Se ele ainda estivesse por aqui quem sabe eu não andasse tão perdida, quem sabe seus conselhos poderiam ter me ajudado, quem sabe eu seguisse em outra direção.
Ele sabia, ele sabia como me ajudar. Era inteligente, raciocínio rápido, quieto e era meu pai, meu grande herói, minha grande presença.
Às vezes penso se ele acha que eu o esqueci. NUNCA!
Ele iria adorar minha filha, brincar com ela na sala, e pedir silêncio na hora do jornal.
Ele saberia dizer se eu estava certa ou errada, ele saberia me dizer se o que eu estava pensando fazia sentido ou não.
Também sei que se ainda estivesse por aqui teria sofrido muito e isso ele não merecia, sei que ele deve estar em algum bom lugar perto do papai do céu, eu sei, eu sei, eu sei...mas não compreendo.
Afinal, quase 12 anos já se passaram desde que ele se foi, e nesses 12 anos muitas coisas aconteceram na minha vida.
Eu tinha apenas 20 e queria ter meu pai por perto quando me formei, quando me casei, quando minha filha nasceu, quando me separei, ai que saudades do meu pai!
Não sei porque mudamos tanto de casa nesses últimos anos, quem sabe a dor não permitisse que nos fincássemos em um único lugar, quem sabe andamos fugindo de algo que não dá pra fugir... e quem sabe?
A única coisa que sei é a tremenda falta que ele me faz e, à noite, quando estou acordada e o resto do mundo dorme, abraço meu travesseiro e choro por ele, como eu queria você aqui Pai!
Às vezes sinto que ele pode me ouvir, noutras acho que é pura imaginação.
Só sei que adoraria sentir o carinho de sua mão na minha novamente enquanto assistíamos TV, seu abraço, sua passada de mão na minha cabeça, sua companhia na hora do jantar quando eu resolvia contar piadas sujas...Queria ter sido muito mais do que fui, ainda dá tempo para ser, mas não dá mais tempo de mostrar a ele.
Há 12 anos perdi um grande referencial, devia ter feito terapia mas não fiz, achei que não era necessário.
Mas quando tudo isso volta forte em minha mente, fico pensando se o fim está mesmo próximo, se realmente ainda dá tempo...Bom, Pai, só sei que você me faz muita falta! Espero que esteja bem!

Fiquem com Deus!

2 comentários:

  1. ai minha amiga, sei bem o que é isso! Quando perdemos nosso pai de certa forma perdemos o norte. Ficamos a deriva até que um dia nossa bússola torna a nos orientar, mas sempre vem a dúvida, será? Hoje vc é a segunda pessoa pra quem escrevo a respeito do pai. Uma tem 26 anos, a mesma idade que eu tinha quando meu pai se foi. E vc tinha apenas 20 anos! Mas segundo a doutrina espírita ninguém vai antes da hora, e se ele foi tão cedo assim de sua vida e que de fato existia um propósito nisso tudo. Certa vez vez escrevi algo a respeito do amadurecimento. Nessas situações a vida embrulha a gente num jornal que é para nós amadurecermos na raça! Mas a falta q ele irá te fazer na vida filha, não se iluda será eterna. Até hoje, e olha que já se foram 21 anos, eu sinto o perfume da loção pós barba do meu pai. Peço a Deus que eu seja para meus filhos ao menos a metade do que meu pai foi pra mim, se eu conseguir este mérito já me sinto realizada.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Sil, de coração!
    Adorei a parte que a vida nos embrulha no jornal pra gente amadurecer na raça.
    E eu tbém concordo em gênero, número e grau com o último parágrafo, eu tbém, se eu significar a metade do que meu pai foi pra mim, já me sentirei com o dever cumprido! Te amo! beijosss

    ResponderExcluir